terça-feira, 4 de março de 2008

Plano de Ensino História da Escolarização

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO/DEPARTAMENTO DE ESTUDOS BÁSICOS
História da Escolarização Brasileira e Processos Pedagógicos
02 créditos - Plano de Ensino – 2008/01
Professora: Estela Carvalho Benevenuto
vsvanderster@gmail.com – estelahistoriar.blogspot.com

Ementa: Estudo analítico sobre a produção e a reprodução da escola no Brasil pela modernidade, compreensão das visões pedagógicas e das praticas educativas desenvolvidas no Brasil desde a colonização até a atualidade. Investigação das campanhas ou lutas levadas por movimentos sociais em direção a universalização da educação.

1.Objetivos
*Estudar os processos de constituição da escola na modernidade ocidental;
*Abordar a educação brasileira na diversidade de práticas que constituem as pessoas, individual e coletivamente, entre elas e a escola;
*Compreender as práticas escolas produzidas no Brasil na sua diversidade espacial e temporal como constituídas e constituídoras nos/dos contextos histórico-culturais, enfatizando a presença feminina e as características da modernidade brasileira na educação escolar;
*Reconhecer a diversidade étnico racial que compõe a educação brasileira, com ênfase nos povos indígenas e afro-descendentes;

2.Unidades temáticas
*Modernidade ocidental e o surgimento da escola.
*Diversidade étnico-racial e educação no Brasil com ênfase nas questões indígenas e afro-descendentes.
*Educação das mulheres e modernidade pedagógica.
*A Escola e movimentos populares

3.Procedimentos didáticos
*Leituras, seminários e debates.
*Exposições dialogadas.
*Estudo de documentos, textos, imagens e filmes.
*Dinâmicas grupais e reflexões individuais ( oral e escrita).

4.Avaliação
*Acompanhamento dos temas desenvolvidos, leituras, participação e apresentação de seminários.
*Elaboração e entrega de produção escrita sobre as unidades temáticas, em grupo e individual.

Bibliografia Básica
BERGAMASCHI, Maria Aparecida. Educação escolar indígena no séc. XX: da escola para índios á escola específica e diferenciada. In: STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria Helena Câmara (org). Histórias e memórias da educação no Brasil. Vol. III. Petrópolis, RJ. Vozes, 2004.
KREUTZ, Lúcio. Escolas étnicas na história da educação brasileira: a contribuição dos imigrantes. In: STEPHANOU, Maria e BASTOS, Maria Helena Câmara.
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In. PRIORE, Mary del (org). História das mulheres no Brasil. 7ª ed. São Paulo: Contexto, 1997.
NUNES, Clarice. (Des)Encantos da modernidade pedagógica. In: TEIXEIRA, Eliane Marta etl(org). 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
RIBEIRO, Arilda Inês Lopes. Mulheres educadas na colônia. In: TEIXEIRA, Eliane Marta et. (org) 500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
TAMBARA, Elomar. Positivismo e educação no Brasil. In: LEAL, Elizabeth (org). Revisitando o positivismo. Canoas: La Salle, 1998.
VARELA, Júlia e URIA-ALVAREZ, Fernando. A maquinaria escolar. Teoria & Educação – Dossiê: História da Educação. Porto Alegre: Pannonica Editora, 1992.
WELLING, Arno. A incorporação do Brasil ao mundo moderno. STEPHANOU, Maria (org). Histórias e memórias da Educação no Brasil. Volume I. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Eu e minhas filhas ..


Morghana e Manoela, são filhas especiais lindas, inteligentes e acima de tudo um presente dos céus, e nasceram para me trazer alegria e realização. Este fim de semana passamos juntamente com meus alunos na praia da Ferrugem em santa catarina, e este passeio foi em Floripa, na lagoa da Conceição. Novembro de 2007. Elas, maravilhosas: manoela minha direita, com 7 anos e Morghana, à esquerda com 9 anos.


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Questões sobre o texto "Manifesto dos Pioneiros"

A proposta para todas as turmas de "História da escolarização e dos processos pedagógicos brasileiros" é, que possamos utilizar este espaço para discutirmos questões em torno do processo de instituição da escola pública brasileira e suas propostas pedagógicas.
  • O "Manifesto dos Pioneiros", foi um momento importante na estruturação educacional do Brasil, por mais que seus ideólogos não tenham conseguido colocálo em prática como um todo, demonstramos a chance de pensar a educação omo algo que pode formar uma nova nação. Comente, que trehos do manifestos consideras atual, e que poderia, contribuir para mudanças na escola pública atual. poste seu comentário, troque idéias com os colegas, se necessário critique outras idéias, mas aproveite a oportunidade. Até a semana do dia 30/10.

Reformas educacionais na 1ª República



Queridos e queridas alunas e alunos, para estudar é importante que se tenha estímulo, e nada melhor do que a bandeira de um grande time: O Internacional, desculpem gremistas, mas o sangue colorado bate mais forte.

Reformas da 1ª República:
1891: Reforma de Benjamin Constant, dirigida ao ensino do Distrito Federal; criação do Ministério da Instrução, Correios e Telegráfos - ministério sobreviveu 1 ano (1891-1892). Estimulava os Estados da federação a seguirem o modelo do Distrito Federal, mas o governo federal não se responsabilizava pela instrução pública no país.
1911- A lei Orgânica Rivadávia Correia - Desobrigava o ensino no país e, estabelecia total liberdade para o funcionamento das instituições.
1915- Reforma Carlos Maximiano- reoficializa o ensino, reformulou o Colégio D. Pedro II e regulamentou o acesso ao Ensino Superior.
1916- Reforma Luiz Alves/Rocha vaz- pela primeira vez proura-se estabelecer uma legislação que permita ao governo Federal uma ação conjunta com os Estados da Federação.
Neste período - modelo de reforma educacional vem de São Paulo:
Dividiu o ensino em dois níveis: Curso Preliminar (7-15)- modalidades de escola: Preliminares, Intermediários, Grupos Escolares, Provisórias, Noturnas e Escolas Ambulantes.
Escola Complementar - equivalente ao nível secundário.
Currículo: Leitura, escrita e caligrafia; Moral Prática; Educação Cívica; Geografia geral; Cosmografia; Geografia do Brasil; Noções de Física; Química e História Natural (higiene); História do Brasil e dos grandes homens; Leitura de Música e canto; Exercícios ginásticos e militares

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Propostas Pedagógicas no Brasil da 1ª República

Conflitos Pedagógicos na 1ª República.

Três correntes pedagógicas distintas formaram o cenário de lutas pedagógicas da 1ª República no Brasil:
Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e a Pedagogia Libertária.

· Pedagogia tradicional, associava-se às aspirações dos intelectuais ligados às oligarquias dirigentes. Tem como origem no Brasil, uma forte corrente ligada ao jesuitismo, o que justifica-se por 200 anos de influência educacional dos mesmos. A pedagogia tradicional, também surge no Brasil com uma forte influência das teorias pedagógicas modernas americanas e alemãs, com substrato comum no Herbatismo[1].
· A Pedagogia Nova, emergiu no interior de movimentos da burguesia e das classes médias. Enfatiza métodos ativos de ensino-aprendizagem. A criança se torna “o centro do processo educacional”. No Brasil sofreu forte influência de Jhon Dewey (1859-1952), pedagogo americano, que defendia uma educação burguesa e liberal.
· A Pedagogia Libertária, não teve origem nas classes dominantes, vinculou-se aos intelectuais ligados aos projetos dos movimentos sociais populares, principalmente aos desejos de transformação social contidos nas propostas do movimento Anarquista Operário e Anarco-Sindicalista. Surge no Brasil, com as primeiras organizações do proletariado urbano. Sendo a imprensa sindical responsável pela divulgação de uma pedagogia socialista e anarquista. A partir daí surgem experiências de escolas, em associações operárias e também escolas anarquistas. 2º a Pedagogia Libertária, a educação oficial, fosse laica ou religiosa, baseava-se no dogmatismo, impedia as crianças de desenvolverem uma crítica as instituições capitalistas. As diretrizes da pedagogia libertária, dividem-se em quatro pontos: Educação de base científica e racional; Educação formação da inteligência e ser moral; Educação moral, menos moral do que pratica e deveria resultar na lei natural da solidariedade; Adaptação do ensino ao nível psicológico das crianças. A pedagogia Libertária foi trazida para o Brasil, através dos imigrantes: Italianos, Espanhóis, Franceses e Portugueses, no final do séc. XIX e início do séc. XX. A educação seria racionalista e deu origem à escolas Modernas no Rio de Janeiro, são Paulo, Porto Alegre e Belém do Pará. O teórico que mais influenciou, o pensamento pedagógico Libertário foi o espanhol Francisco Ferrer Y Guardiã (1859-1909).
[1] Herbatismo recebe este nome, em homenagem Johann Friedrich Herbat (1776-1841) – Paradigma da Pedagogia Tradicional. Herbat escalonou o desenvolvimento caráter em três estágios: Sensação e Percepção; Memória e Imaginação; A instrução formaria e conformaria a vontade. Para Herbat, Educação e Instrução são Indissóssiaveis, e a formação do caráter e da mente pela instrução, pelo contato com modelos literários, artísticos, científicos e filosóficos, o importante era instruir a partir de um patrimônio cultural, que fosse passado de gerações em gerações. Para tanto, Herbat, criou cinco passos de formação: Preparação, Apresentação, Associação, Generalização e aplicação.